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sábado, 10 de setembro de 2011

Tempos de amnésia Obrigatória


Li este texto da Martha e não pude deixar de compartilhar... 

MARTHA MEDEIROS - Tempos de amnésia obrigatória

A gente procura esquecer para poder ir adiante, mas que espécie de caminho trilhamos quando não enfrentamos a verdade?

Com diferença de poucos dias, uma amiga do Rio e um leitor aqui do Sul me enviaram vídeos protagonizados pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano. Em um, ele dá uma entrevista e, no outro, lê os próprios textos. Ambos os programas estão acessíveis pelo YouTube. Respeito as coincidências: como é que eu ainda não havia me dedicado a esse grande pensador humanista?

Num dos vídeos, Galeano aparece lendo seu texto “El Derecho al Delírio”, onde descreve como seria um mundo ideal, e aproveita para homenagear aqueles que insistem em não esquecer a própria história (a exemplo das mães da Plaza de Mayo) nesses tempos de amnésia obrigatória.

A partir daí não ouvi mais nada, pois considerei marcante essa expressão: tempos de amnésia obrigatória. O assunto mereceria um tratado. Amnésia. É o que explica tanta neurose e tanta infelicidade. A gente procura esquecer para poder ir adiante, mas que espécie de caminho trilhamos quando não enfrentamos a verdade?

Esquecer é uma estratégia de sobrevivência. Somos todos uns esquecidos crônicos. Pra começar, esquecemos de alguns descuidos que sofremos na infância, pois nos educaram para considerar pai e mãe infalíveis.

Dessa forma, nossas dores internas acabam ganhando o apelido de fricotes, só que esses fricotes viram traumas, e esses traumas minam nossa confiança na vida e sustentam os consultórios psiquiátricos, já que esquecer é uma forma de impedir a compreensão absoluta de nós mesmos e alguém precisa nos ajudar a lembrar para nos libertarmos.

Esquecemos os desaforos que tivemos que engolir durante um casamento ou namoro, tudo porque nos ensinaram que o amor deve ser forte o suficiente para aguentar os revezes da convivência, e também por medo da solidão, que tem péssimo cartaz.

Então, para nos enquadramos e nos sentirmos amados e estoicos, esquecemos as mentiras, as traições, os maus tratos, as indiferenças e mantemos algo que ainda parece uma relação, mas que deixou de ser no momento em que enfiamos a cabeça dentro do buraco.

Esquecemos em quem votamos, céticos de que em política nada muda, e em vez de investirmos nossa energia em manifestações de repúdio à corrupção, deixamos pra lá e seguimos em frente conformados com a roubalheira, desmemoriados sobre nossos direitos.

E esquecemos, principalmente, de quem somos. Dos nossos ideais, das nossas vontades, dos nossos sonhos, das nossas crenças, tudo em prol de uma adaptação ao meio, de uma preguiça em desfazer o combinado e buscar uma saída alternativa, de uma covardia que gruda na alma e congela os movimentos. Esquecer de nós mesmos é assinar um contrato com a resignação.

Obrigada, Galeano, por nos fazer lembrar: a amnésia é uma opção, não é obrigatória.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Intensidade

Tudo com o que eu me importo, me importa muito. Me suga, me leva, me atrai, se funde com tudo o que sou e me consome. Toda. Por inteiro. Sorte minha me doar tanto – e com tal intensidade – e ainda sair viva dessa vida.

(Fernanda Mello)


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Um pouco de romance...

Então venha comigo, te levarei a um lugar distante, onde o sol nasce em todas as manhãs, onde as noites nunca são frias, onde se desconhece a solidão, onde a carência é inexistente, onde se pode voar sem medo de cair, onde todos os sonhos se tornam realidade, venha comigo e te farei feliz, basta uma chance, te provarei que posso fazer do teu preto e branco, um arco íris.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Meia Noite em Paris


Meia Noite em Paris, de Woody Allen, surpreende depois de uma fase do escritor, sem grandes bilheterias.

Seria o elenco? Owen Wilson, Rachel McAdams e Marion Cotillard, um time de estrelas.


Seria a cidade? Paris é sempre uma inspiração. Grandes genios em todas as artes tiveram momentos gloriosos em Paris! O autor consegue transferir toda a aura boemia, romantica, saudosista da cidade para a história e seus personagens.

O fato é que o filme surpreende e foi um sucesso de bilheteria no seu final de semana de estréia.


Allen, apesar de parecer repetir sempre os mesmos temas, surge sempre com um novo olhar para os mesmos dramas, um aprimoramento sem fim. 
Algumas piadas se repetem, sempre existe um traço hipocondríaco em seus filmes, mas suas comédias sempre divertem! Seus dramas existenciais fazem pensar e sempre encontramos algum personagem para nos identificarmos.

O filme movimenta sensações. Sai do cinema encantada, leve, saudosa de um passado que não sei nem quando foi e nem se realmente foi ou eu inventei.

Até o próximo ano meu querido Allen.
  

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Promessas Matrimoniais do século XXI


No ato do consórcio matrimonial, os cônjuges realizam algumas promessas.
Prometem amar e respeitar um ao outro, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.
Estranhamente, muitas vezes os votos formulados são esquecidos em pouco tempo.
Esposos se antagonizam. Criam dificuldades um para o outro. E o que começa como um lindo sonho de amor, em muitos casos acaba com um desfazer da aliança, em meio a muita mágoa.
Onde ficam as promessas do casamento? Onde o amor eterno jurado tantas vezes, durante o namoro?
Talvez se devesse pensar em algumas promessas diferentes para o momento em que as pessoas se decidam casar.
Perguntas que levem a reflexões. Ou que digam, de forma mais explícita, o que é amar e respeitar um ao outro.

Eis algumas delas:


Promete não desejar assumir o controle da vida do outro? Promete ter em mente que ele é um ser que antes de conhecer você, fazia parte de uma família, tinha amigos e ideais?


Promete respeitar os seus gostos musicais, mesmo que você não aprecie o tipo de música que a pessoa gosta?


Afinal, vocês poderão fazer um acordo de forma a que cada um ouça, em determinado tempo, e em volume condizente, a música que aprecie.


Promete acompanhar seu par quando este desejar ir ao cinema, ao teatro ou à praia?


Pode ser que você prefira o futebol, a conversa com os amigos. Mas sempre há possibilidade de se dialogar e estabelecer um momento para cada coisa, sem que nada fique esquecido ou desprezado.


Você promete ser paciente quando encontrar a toalha de banho molhada sobre a cama e pedirá outra vez e uma vez mais para que o fato não se repita?


Você promete que deixará seu par dirigir o automóvel, sem ficar a todo instante dizendo que engatou a marcha errada, que deve andar mais rápido, que agora deve ir mais devagar, que não sabe dirigir?


Você promete que, mesmo que a comida não seja a melhor do mundo, você agradecerá pelo prato que foi feito?


Você promete não esbravejar quando as contas se acumularem no final do mês, embora ambos tenham feito o possível para apertar o cinto, diminuir as despesas?


Você promete que amará os filhos que gerarem ou que adotarem, sem jamais deixarem de amar um ao outro?

Você promete que não esquecerá de dizer Eu amo você? E também Você é importante em minha vida?


Você promete que não descuidará de si, simplesmente porque casou? Que continuará a usar perfume, pentear o cabelo, preparar-se para o outro, exatamente como nos dias do namoro?

Você promete que não deixará o amor esfriar, a paixão ir embora?


Você promete que não contará todos os dias as rugas que forem marcando o rosto do outro?


Nem fará comentários desagradáveis com seus amigos sobre as dificuldades do seu par?


Você promete que, ao menos no dia do aniversário de casamento, tentará surpreender o outro com um delicioso café na cama?


Você promete ser eterno namorado, mesmo que não haja lua no céu, nem estrelas a brilhar?


Com chuva, frio ou tempestade, ficará com seu par?


Enfim, você promete que vai se esforçar para cumprir todas essas promessas?


Se a tudo isso, um ao outro disser sim, então, com certeza, o casamento durará muito tempo, porque ambos não serão somente marido e mulher.


Serão duas pessoas maduras, cientes de que ambos têm defeitos. Também virtudes.


E cada dia, um no outro buscará descobrir a virtude ainda não desvelada.


Um ao outro incentivará naquilo em que ainda não é tão bom. E um ao outro pedirá Por favor, me ajude, quando precisar.

E dirá Obrigado, toda vez que receber uma dádiva, um carinho, uma atenção.

Quem quer que adentre o barco matrimonial e não deseje ceder vez ou outra, entender e auxiliar, dificilmente chegará ao porto da felicidade.


Pense nisso!

*Autor Desconhecido

sábado, 11 de junho de 2011

Qualquer Gato Vira Lata




Um filme brasileiro que surpreendeu, na verdade, mais um. De fato o tema não é original, mas tão raro é encontrar algo de fato iriginal, com a multiplicação da informação, na velocidade do Google (não duvido que um dia não supere a da luz, rsrsrs).
Mulheres neuróticas, apaixonadas pelo estado de apaixonar-se. Tão comum quanto congestionamentos. O Facebook informa: são mais de 882 MIL mulheres cadastradas como SOLTEIRAS. Voce ainda se sente sozinha? Não sei por que...
Mais dados estatísticos: o último senso reveleu que 42,8% dos brasileiros estavam solteiros em 2010. Porque? Bom, essa pergunta não estava na pesquisa, mas FICA A DICA IBGE! ;)
Cobranças sublimam no ar: sucesso profissional? Casa, carro, viagens... Como assim, voce ainda não conhece a europa? Soa quase como: se voce não fez tudo isso, voce não pode perder seu tempo com alguém! Voce ainda não esta completo, não esta pronto!
Sem contar na falha quase escolar de ensinar a geração de 80, 90, de como deve-se escolher um parceiro.
Tá certo, quem não quer alguém sexualmente ativo, bonito, bem sucedido, que só tenha olhos para voce e que te ame acima de qualquer "defeito de fábrica" que voce venha a apresentar???
Mas de fato, o que vemos são desfiles de pessoas unidas por aparencia, status e pretígio social. Mulheres frutas, homens musculos e uma outra série de estereótipos poderiam ser citados. 
Então, passa o tempo. E veja bem, não é muito tempo não. E a beleza enjoa, os musculos dão lugar a uma gordurinha localizada... e eis que surge alguém mais forte e muito mais atraente... E tudo acaba e tudo recomeça no mesmo vicio. Porque? Por que enjoa. Sexo enjoa. Calma, sem sedução, sem atrativos, se torna comum, sem graça, dai precisamos caçar de novo, para sentir o que no fundo gostariamos de sentir, pois fomos programados para isso: aquele friozinho na barriga que só a paixão e o amor trazem.
Sinceramente, sei que em muitos momentos, fui corrompida pela indústria da estética, pelo estereótipo de machão, mas acordei! Uffa! Ainda bem que deu tempo! Hoje, to abrindo os olhos para aqueles dotes que mamae, tão sabiamente soube identificar em papai: carater, bons sentimentos, honestidade e vontade de crescer em todos os sentidos, inclusive junto com aquele alguém que busca o mesmo fim.